A Leishmaniose

A Leishmaniose Visceral Canina pode estar mais perto da sua casa

A doença Calazar, como é popularmente conhecida a Leishmaniose Visceral Canina é uma doença endêmica espalhada pelo mundo. O Brasil representa 90% dos casos registrados na América Latina, e se antes a Leishmaniose Visceral era um perigo distante, agora se apresenta mais perto do que nunca.

De acordo com um manual publicado em 2006 pela Biblioteca Virtual em Saúde do MINISTÉRIO DA SAÚDE, um caso Canino Suspeito é todo cão proveniente de área endêmica ou onde esteja ocorrendo surto, com manifestações clínicas compatíveis com a doença (febre irregular, apatia, emagrecimento, descamação furfurácea e úlceras na pele, em geral no focinho, orelhas e extremidades, conjuntivite, paresia do trem posterior, fezes sanguinolentas e crescimento exagerado das unhas).

Portanto, o Calazar, antes restrito à zona rural e à região Nordeste, tem avançado para estados do Sul, cidades como Florianópolis e Porto Alegre registraram os primeiros casos em humanos em 2017.

Já o estado de São Paulo, teve os primeiros registros confirmados em 1999, nos municípios de Araçatuba e Birigui. Atualmente a Leishmaniose Visceral se espalha pelo litoral, que devemos lembrar são as áreas mais populosas do Brasil.

Assustadoramente, a época do estudo, dos 645 municípios paulistas, 177 já registraram cães ou pessoas com a doença.

Leishmaniose Visceral Canina

Como a Leishmaniose Visceral Canina tem se movimentado pelo Brasil?

De acordo com o professor José Ângelo Lauletta Lindoso, do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da FMUSP (Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo) para um artigo do UOL, especula-se que as principais hipóteses para explicar a mudança no padrão de transmissão da doença, potencialmente fatal, estão a migração de pessoas do campo para as cidades, o desmatamento e a construção de grandes obras com impacto ambiental.

Segundo o professor, tudo isso pode ter alterado o meio onde vivem os insetos flebotomíneos vetores da doença, como o mosquito palha. Como dito, a doença que se concentrava nos estados do Nordeste, agora tem avançado para o centro-oeste, sul e sudeste do País.

A Leishmaniose Visceral Canina pode estar mais perto da sua casa

A Leishmaniose Visceral Canina é uma doença silenciosa

Com manifestações sistêmicas e de evolução lenta, a Leishmaniose Visceral Canina pode não se manifestar tão logo um cão seja infectado, ou ainda, ser assintomática, o que aumenta muito as chances do cão se tornar um reservatório da doença.

Os sintomas do Calazar em cachorros podem confundir mesmo o tutor mais dedicado, uma conjuntivite ou a apatia podem esconder essa doença severa, já que são problemas comuns e até mesmo negligenciados.

Por características como essas, é que a Leishmaniose Visceral Canina é chamada de doença silenciosa, somente o médico-veterinário está qualificado para diagnosticar a doença.

Sintomas comuns da Leishmaniose Visceral Canina são:

  • Apatia: Caracteriza-se por fraqueza muscular, falta de energia e de ânimo;
  • Onicogrifose: A onicogrifose se refere ao aumento exagerado das unhas.
  • Conjuntivite: Inflamação da mucosa que fica na superfície interna da pálpebra. Causa sintomas como vermelhidão, lacrimejamento, secreção e coceira nos olhos.
  • Dermatite: Inflamação da pele, que pode gerar vermelhidão, descamação e feridas na pele.
  • Diarreia: A diarréia é um desarranjo do intestino com aumento do número de evacuações e fezes amolecidas ou líquidas
  • Alopecia: (queda de pelos) é mais frequentemente localizada ao redor do focinho, orelhas, cauda e articulações, mas pode aparecer em qualquer lugar do corpo, e;
  • Emagrecimento

Portanto, é fundamental que os profissionais da saúde saibam identificar os principais sintomas, as principais áreas endêmicas da sua região e as condutas adequadas para minimização dessa incidência.

No Brasil, sua letalidade manteve-se estável em aproximadamente 6% a 7% entre os anos de 2011 e 2014, com aumento em 2015, quando chegou próximo de 8%. Seu ciclo de transmissão envolve três fatores principais que são: vetor, reservatório e indivíduo suscetível.

Acomete mais de 300 milhões de pessoas que vivem em áreas de risco entre os 88 países com casos suspeitos ou confirmados, dos quais 72 são classificados como países em desenvolvimento. O Brasil é um dos seis países com maior número de casos de LV no mundo e o maior da América Latina (LISBOA et al., 2016).

O Calazar em cachorros é uma doença negligenciada

A Leishmaniose Visceral Canina pode estar mais perto da sua casa

Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) estimam que ocorram anualmente 2 milhões de casos de leishmaniose no mundo. O Brasil está entre os cinco países que detêm 90% dos casos, ao lado de Bangladesh, Índia, Nepal e Sudão. O País também responde por 90% dos casos de LVC da América Latina.

Em 2014 foram notificados 3.453 casos, sendo 1,7 casos para cada 100 mil habitantes em 17 estados. Neste ano, a região Nordeste concentrou 54.91% dos casos, enquanto a região Sul não apresentou casos da doença (FIOCRUZ, 1997; BRASIL, 2016).

Contudo, apesar da redução do número de casos notificados em 2015 (3.289), o número de estados que registraram a doença subiu de 17 para 22 em apenas um ano.

A leishmaniose é considerada pela DNDi, (iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas), uma organização sem fins lucrativos classifica a Leishmaniose como uma doença “extremamente negligenciada”.

Como o cão entra nisso e prevenção da doença Calazar em cachorro?

A Leishmaniose Visceral Canina pode estar mais perto da sua casa

O cão é considerado uma espécie muito importante no ciclo da Leishmaniose Visceral em áreas urbanas, pela proximidade com o humano e por ter alta capacidade de infectar o vetor, fazendo com que ocorra o ciclo da doença. 

leishmaniose visceral canina é uma doença que não tem cura parasitológica, ou seja, os medicamentos para tratamento têm o objetivo de diminuir a carga de parasitas circulantes no organismo e com isso, a diminuição dos sinais clínicos. O acompanhamento do cão junto ao médico veterinário deverá ser para o resto da vida. Por isso, a prevenção é sempre a melhor solução!

A forma recomendada para evitar que o cão se infecte, é utilizando repelentes e vacinando. O repelente evitará que o cão entre em contato com o mosquito palha e a vacina protegerá o animal caso um mosquito palha infectado o pique, ou seja, o animal estará protegido por dentro e por fora.

Vectra 3D é o repelente tópico para cães que evita a picada do mosquito palha por até 30 dias, começando a agir 1 hora após a aplicação, além de sua ação contra pulgas e carrapatos). Pode ser em cães a partir de 7 semanas ou 1,5kg.

Leish-Tec é a única vacina para cães contra a Leishmaniose Visceral Canina (calazar) aprovada pelo MAPA e pelo Ministério da Saúde no Brasil e possui uma proteção individual de até 96%. A vacinação pode ser feita em cães a partir do 4º mês de idade por um médico veterinário.

Etiquetas
Mostrar mais

Redação do Blog

A Ceva é uma multinacional francesa, presente em mais de 40 países e dedicada ao desenvolvimento de produtos inovadores no mercado de saúde animal.

Artigos relacionados

Um Comentário

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Botão Voltar ao topo

Se inscreva aqui e receba as notícias em primeira mão para proteger seu cão!

Você se inscreveu com sucesso!

Fechar