Descamações (caspa) e feridas na pele do cachorro. O que pode causar isso?

Feridas, cascas, espinhas, úlceras e descamações na pele do seu cachorro podem indicar bem mais que um machucado ou um arranhão comum. Elas podem ser sintomas de doenças mais sérias. Confira uma lista das causas potenciais para essas feridas.

Descamações (caspa) e Feridas na pele do cachorro

Se seu cão tem uma ou duas feridas e esporadicamente tem uma ou outra crosta na pele pode não ser nada além de um machucado, ou uma briguinha com um gato ou outro cão. Porém, se essas feridas são frequentes ou não se curam, e pior, em várias partes do corpo; ligue o alerta!

Até mesmo o espaçamento entre essas feridas deve ser observado, assim como o tamanho e seu aspecto. Aos primeiros sinais, leve seu Pet imediatamente a um veterinário, somente ele poderá diagnosticar a causa real dessas feridas.

Existe na internet centenas de tratamentos para essas feridas, mas em muitos casos não resolvem nada, ou pior, podem acabar agravando e mascarando o problema. Além disso, esse tempo perdido no diagnóstico pode expor seu cão por mais tempo a um mal muitas vezes remediável.

Principais causas de feridas, úlceras, escamações e cascas na pele do cachorro

Dentre os problemas mais comuns que causam essas alterações na pele do seu cachorro, podemos listar as seguintes:

• Leishmaniose Visceral Canina;
• Infecção bacteriana da pele (piodermite ou foliculite);
• Feridas de apoio (calo);
• Doenças cutâneas promovidas por fungos;
• Sarnas;
• Alergia a picadas de parasitas externos, como pulgas (DAPP) e carrapatos (DAPE);
• Hipersensibilidade alimentar (dermatite trofoalérgica);
• Dermatite atópica (atopia);
• Descamação (disqueratinização), sevorreia ou dermatite seborreica;
• Falta de higiene, excesso de banhos ou uso de produtos inadequados;
• Dieta e alimentação desequilibrada.

Vamos ver com mais detalhes cada uma desses problemas e tentar ajudar você a distinguir de um machucadinho simples para um problema maior.

Leishmaniose Visceral Canina. Feridas na pele do cachorro

A Leishmaniose Visceral Canina é uma doença grave e não tem cura, é uma zoonose, portanto, afeta humanos e animais. É transmitida pela fêmea contaminada do mosquito palha e por isso tem a prevenção como a forma mais eficaz de combate.

Aqui no blog temos artigos que vão explicar melhor o que é a Leishmaniose Visceral Canina ou Calazar, todos os sintomas e como preveni-la.

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Dentre os vários sintomas da Leishmaniose Visceral Canina que podem causar alterações na pele do seu cão podemos listar:

• Alopecia – perda de pelos;
• Descamação da pele – localizada, como p.ex. no focinho, ou generalizada;
• Úlceras na pele – mais comum na orelha, na cauda e no focinho;
• Aumentos de volume, entre outras possibilidades.

Como dito, a Leishmaniose Visceral Canina não tem cura, e dentre todas as doenças que podem afetar a pele do seu cão, está talvez seja uma das mais graves.

A boa notícia é que você pode prevenir a Leishmaniose Visceral Canina, a CEVA Saúde Animal criou o conceito Dupla Defesa, composto pela Leish-tec, única vacina aprovada pelo MAPA e Ministério da Agricultura no Brasil e com mais de 10 anos de mercado, e ainda o Vectra 3D, um repelente tópico que repele e evita a picada do mosquito palha.

Você pode saber ainda mais sobre a prevenção clicando neste link, ali te explicamos com mais detalhes.

Infecção bacteriana da pele (piodermite ou foliculite). Crostas, cascas, espinhas e até bolhas na pele do seu cão

A piodermite é uma infecção na pele do cão causada por bactérias, sendo as mais comuns aquelas do tipo estafilococos. Ela provoca lesões que formam cascas grossas ou crostas, espinhas, bolhas e descamações. Normalmente é uma lesão que coça pouco no início, o que pode se intensificar com a evolução do problema, e pode causar dor e até certo desconforto em seu cão.

Possui cura, e o tratamento é feito com tratamentos tópicos, como shampoos ou pomadas com antimicrobianos tópicos, ou até a administração de antibióticos sistêmicos que devem ser prescritos por um veterinário. Apesar de ter cura, é importante levar seu cão para um exame, pois normalmente a piodermite canina é uma causa secundária, ou seja, ela pode surgir em decorrência de outras doenças em seu cão.

Quando o tratamento não é feito de forma adequada, as lesões tendem a piorar e preocupantemente chegar à corrente sanguínea do seu cão, com risco de causar uma infecção em outros órgãos e até generalizada (septicemia).

Feridas de apoio (calo). Podem ser doloridas e predispor a infecções secundárias

Seu cão pode apresentar feridas por diversas razões, uma delas é a ferida ou úlcera de apoio ou de pressão (feridas de decúbito), que surge quando o cão tem o hábito de sempre deitar na mesma posição ou quanto o solo é muito duro, rugoso e áspero. Esse atrito com o solo pode ocasionar o espessamento da pele e favorecer o surgimento de feridas (úlceras), especialmente nos locais de atrito constante, como em cotovelos, ancas, joelhos e ombros do seu pet.

Além do atrito, a pressão prolongada numa única área pode interromper o fluxo sanguíneo, causando a morte da pele. Essa pele morta tende a se desprender e por consequência deixa o tecido exposto, formando as úlceras.

Além de causar dor no contato e deixar seu cão com um aspecto ruim, a úlcera deve ser tratada, pois é uma porta aberta para infecções secundárias, particularmente por bactérias.

As úlceras são lesões cutâneas abertas que podem apresentar excreção de pus e quando muito inflamadas, até sangue.

Outros fatores que podem causar úlceras no seu cão são:

• Leishmaniose Visceral Canina ou Calazar;
• Fungos;
• Queimaduras;
• Piodermite;
• Câncer de pele;
• Sarna;
• Irritação causada por produtos químicos, dentre outras.

Fungos da pele do seu cão podem causar alterações como queda de pelo, feridas, descamação, crostas e vermelhidão

Os fungos que estão presentes na pele em geral não costumam causar dermatites nos cães, contudo, quando há uma grande proliferação, podem causar infecções nos ouvidos, até descamações e escurecimento (hiperpigmentação) na pele, perda de pelo, e até feridas causadas por coceiras crônicas.

Excesso de banhos, locais muito húmidos, contato com cães infectados e doenças imunodepressoras podem desencadear essa proliferação excessiva dos fungos.

Também existe a possibilidade de que outros agentes fúngicos que não fazem parte da microbiota cutânea ocasionem feridas na pele, sendo as alterações mais comuns:

• Perda de pelo nas áreas afetadas;
• Inflamação da pele;
• Irritação e vermelhidão;
• Coceira;
• Descamação (caspa)
• Formação de crostas, úlceras, e até aumentos de volume.

Há doenças de pele causadas por fungos que também podem acometer os humanos (zoonoses), portanto, fique de olho na pele do seu pet.

Sarna. Ela pode causar problemas importantes na pele do seu cão

As sarnas são doenças parasitárias, causada por ácaros que se proliferam e se alimentam de pele do animal. Podem causar coceira intensa, que por consequência provoca feridas que podem resultar em brechas abertas para infecções.

Existem três tipos principais de sarnas caninas, e somente uma delas não tem cura, vejamos:

• Sarna sarcóptica ou escabiose – Pode atingir todo o corpo do cachorro e é transmissível para humanos. É causada pelo ácaro Sarcoptes scabiei que na derme do animal deposita suas fezes e transita pelo corpo do animal causando coceira intensa. Pode provocar crostas e feridas no seu cachorro.
• Sarna otodécica – Essa sarna afeta somente gatos e cães e se manifesta especialmente os ouvidos, causando inflamação e coceiras. O tipo de ácaro responsável pela sarna otodécica é o Otodectes cynotis.
• Sarna demodécica ou sarna negra – Causada pelo ácaro Demodex canis, é a única delas que não possui cura, contudo não é contagiosa.  A sarna demodécica ou demodicidose é transmitida da mãe para o filhote logo após o nascimento, no momento da amamentação. Pode causar feridas e lesões na pele do animal por toda a vida, embora alguns animais tenham a doença e nunca chegam a manifestá-la, exceto em eventos ou períodos em que o sistema imunológico esteja enfraquecido. Enquanto outros apresentam feridas e vão perdendo o pelo durante toda a vida. Ao contrário das demais, esta sarna raramente provoca prurido (coceira).

Em geral, a sarna pode apresentar os seguintes sintomas:

• Crostas;
• Descamação;
• Perdas de pelos (hipotricose ou alopecia);
• Oleosidade excessiva da pele e pelos;
• Vermelhidão;
• Irritação;
• Infecções;
• Feridas abertas (úlceras);
• Espessamento da pele;
• Escurecimento da pele (hiperpigmentação).

Pulgas e Carrapatos também podem causar feridas na pele do cão

Talvez as pulgas e os carrapatos estejam entre os problemas caninos mais comuns e frequentes. Podem causar quadro alérgico, a conhecida dermatite alérgica a picada de pulgas (DAPP) ou ectoparasitos (DAPE), e podem ainda transmitir algumas doenças para os cães e até aos humanos.

Carrapatos – Os carrapatos responsáveis por uma inúmera quantidade de doenças em animais e humanos. Da família dos aracnídeos, são pequenos ectoparasitas hematófagos (consomem sangue). Estimasse aproximadamente 800 variedades de carrapatos, sendo que nos cães, a espécie mais comumente encontrada é a carrapato-vermelho-do-cão (Rhipicephalus sanguineus).

Os carrapatos podem causar desde leves lesões até severas irritações, chegando até mesmo a causar anemia no seu cão. O carrapato pode se hospedar em qualquer parte do corpo do cachorro, mas é mais frequente nas patas, membros e nas orelhas. Além disso, é considerado o principal transmissor das conhecidas hemoparasitoses, principalmente a erlichiose e a babesiose caninas, ou ainda a Doença de Lyme, que também pode acometer os humanos (zoonose).

Pulgas – As pulgas são pequenos insetos, também são ectoparasitas, entretanto normalmente só se alimentam majoritariamente de sangue na fase adulta. Ao contrário do que muitos pensam, as pulgas não possuem asas, mas são grandes saltadoras. Podem transmitir vermes (Dipylidium caninum) para cães (pode causar anemia, diarreia, e até o óbito), e até mesmo para humanos (zoonose).

Pequenas, escuras e rápidas, são bem difíceis de serem encontradas, e por isso, para combatê-las, os repelentes tópicos como o Vectra 3D são mais indicados.

Para evitar as feridas e lesões na pele (principalmente na parte dorsal, da metade do dorso até a base da cauda, com configuração triangular) do seu cão causadas pelas pulgas e carrapatos, além é claro das demais doenças severas que estes parasitas transmitem. E ainda, porque não falar das terríveis coceiras que tanto causam agonia nos cães, assim, é preciso protegê-los com repelentes tópicos realmente eficazes. Neste caso a sugestão é o Vectra-3D, que faz parte do conceito de Dupla Defesa da CEVA Saúde Animal.

O Vectra-3D, além de repelir eficazmente as pulgas e carrapatos, também afugenta e protege seu cão da picada do Lutzomyia longipalpis, o temido mosquito palha, que quando contaminado transmite a Leishmaniose Visceral Canina, e também age contra os mosquitos transmissores do verme do coração (dirofilariose) para cães.

Hipersensibilidade alimentar ou dermatite trofoalérgica

A hipersensibilidade alimentar ou dermatite trofoalérgica são reações adversas a alimentos que envolvem repostas orgânicas imunológicas a partir da ingestão de determinado alimento que é alérgico ao animal. Os cães acometidos apresentam coceira intensa e contínua, com ou sem a presença de outras alterações clínicas e lesões na pele. Trata-se, portanto, de uma doença muito aflitiva e fator de muita ansiedade e incomodo nos cães.

A hipersensibilidade alimentar ou dermatite trofoalérgica pode causar os seguintes sintomas no cão:

• Coceira (prurido);
• Vermelhidão (inflamação), inchaço (edema);
• Descamação, ressecamento da pele;
• Queda de pelo (hipotricose ou alopecia);
• Escurecimento (hiperpigmentação) e manchas na pele (máculas);
• Espessamento da pele (hiperqueratose);
• Presença de pequenas formações sólidas (pápulas) e coleções líquidas com pus (espinhas ou pústulas).

Região inguinal, patas, abdome, coxas, face e orelhas costumam ser as partes mais afetadas nos cães.

A hipersensibilidade alimentar ou dermatite trofoalérgica pode ser causada por algum alimento (nutriente) oferecido diariamente (ração ou alguma proteína animal, p.ex.), ou algo fornecido em determinada época do ano (sazonal), ou que seja eventualmente oferecido ao animal, o que pode gerar quadros contínuos ou não, dependendo da causa da alergia.

Dermatite atópica ou atopia

A dermatite atópica ou atopia é um quadro alérgico e inflamatório crônico que afeta a pele e orelha externa do cão, e causa uma coceira muito intensa e contínua. Sendo, portanto, um mal muito aflitivo e fator de muita ansiedade e incomodo nos cães acometidos, sendo possível apenas o controle, mas não a cura da enfermidade.

A dermatite atópica ou atopia pode apresentar os seguintes sintomas:

• Coceira (prurido);
• Vermelhidão (inflamação), inchaço (edema);
• Descamação, ressecamento da pele;
• Queda de pelo (hipotricose ou alopecia);
• Escurecimento (hiperpigmentação) e manchas na pele (máculas);
• Espessamento da pele (hiperqueratose);
• Presença de pequenas formações sólidas (pápulas) e coleções líquidas com pus (espinhas ou pústulas).

Como na alergia alimentar, as áreas mais acometidas nos cães costumam ser a região inguinal, patas, abdome, coxas, face e orelhas.

A predisposição genética a desenvolver reações alérgicas em resposta a vários alérgenos ambientais são os fatores que causam a dermatite. É difícil saber exatamente o que desencadeou a dermatite atópica no seu cão, pois até mesmo pólens (de árvores, arbustos, flores gramas), pó ou poeira da casa, bolores ambientais (fungos), ácaros (de poeiras ou alimentos), entre outros menos comuns (como lã, penas de aves de todo tipo, fumaça de cigarro), podem desencadear uma crise alérgica e serem precursores da atopia. Ainda, é comum a ocorrências de infecções secundárias oportunistas na pele, principalmente por fungos (malasseziose) e bactérias (piodermite).

Descamação (disqueratinização) seborreia ou dermatite seborreica

A seborreia normalmente é uma causa secundária, ou seja, pode ser provocada por outra doença predisponente. Se manifesta normalmente no tronco, dorso e rosto, sendo muito mais comum no cão.

Dentre os fatores que podem causar a dermatite seborreica canina podemos destacar o estresse, por exemplo. Poucos sabem, mas os cães também podem sofrer de ansiedade e tensão. Se for este o caso, recomendamos o Adaptil®, ele pode ser bem útil nestes momentos, bem como em viagens.

A dermatite ocorre quando as glândulas sebáceas excedem a produção normal de sebo, ou quando há excessiva troca celular da pele. A partir daí ocorrem o aparecimento de placas de sebo junto aos pelos, que em alguns casos formam grande crostas na pele do seu cão.

Em decorrência dessa produção excessiva surgem as coceiras e potencialmente um forte odor desagradável no cão.

Para tratar e amenizar, dado que esta dermatite é hereditária, o mais indicado é o uso de xampus específicos, bem como sabonetes que combatam a oleosidade excessiva. Um cuidado especial com a alimentação também é recomendado, visto que ela também pode ser um fator de start da seborreia canina. Muito atenção com os banhos em excesso!

Falta de higiene, excesso de banhos ou uso de produtos inadequados também podem causar feridas e crostas na pele do seu cão

Olhando todas as doenças e sintomas acima, fica fácil entender por que a higiene pode representar um fator importante no surgimento de feridas, cascas e crostas no seu cão. Manter seu Pet sempre limpo e asseado além de demonstrar seu carinho, também pode ser encarado como um cuidado com a saúde.

Evite usar produtos humanos ou sabão comum no banho, alguns deles tanto podem ressecar demais a pele do cão, ou ainda deixá-la oleosa demais.

Banhos em excesso nos cães são quase tão prejudiciais quanto os banhos com produtos inadequados. Uma certa quantidade de oleosidade na pele do cão é aceitável e até mesmo saudável. De banho no seu cão conforme a necessidade, com intervalos que podem ser semanais, de 15 a 30 dias, ou simplesmente quanto notar que ele está realmente sujo.

Dieta e alimentação desequilibrada

A alimentação é a base de tudo, uma dieta equilibrada pode favorecer desde um sistema imunológico forte e protetor, como também mais disposição e bom humor do seu pet.

Uma dieta pobre (desequilibrada) deixa o cão apático, fraco e mais suscetível a doenças de todos os tipos, fragilizado diante de agentes oportunistas e muito mais, devido à queda da imunidade. Um cão com uma dieta pobre em proteínas, vitaminas e minerais tem pelos com pouco brilho, fracos e ásperos. Já uma pele mais frágil, apresenta rachaduras e secura, que podem se tornar microfissuras que são como portas para bactérias e fungos, dentre outras infecções oportunistas.

Para conseguir equilibrar a dieta do seu cão, faça uma visita a um veterinário e peça orientações. Ele pode prescrever uma dieta equilibrada com base no porte, raça e hábitos do seu cão. Inclusive a quantidade de comida de acordo com a grau de atividade do cão.