Os primeiros sintomas do Calazar no seu cão não são tão simples de serem detectados. Além disso, nem todos os cães infectados apresentam os sintomas da leishmaniose e, estes sinais nem mesmo são iguais entre todos os cães.
Estima-se que cerca de 50% dos cães infectados, não apresentam sinais de doença; isso porque o tempo entre a infecção e a ocorrência de manifestações clínicas (período de incubação) pode ser de três a cinco meses até dois anos ou mais.
O Calazar ou leishmaniose visceral canina é transmitida para o homem e outros animais através da picada do flebotomíneo infectado, sendo que no Brasil o mosquito-palha é considerado o principal vetor dessa doença.
Existe uma forma de prevenção que protege seu cão contra o Calazar, o conceito Double Defense da CEVA Saúde Animal, que se consolidou como solução de combate ao Calazar e proteção para seu cão. Você pode entender mais aqui neste artigo.
Os primeiros sintomas do Calazar nos cachorros
O Calazar pode apresentar sintomas diferentes em cada animal. Fatores como a quantidade de parasitos (carga parasitária) e a condição do sistema imunológico do seu cão após a infecção possuem influência nisso. Até mesmo os primeiros sintomas a se manifestarem podem variar de um cachorro para outro.
Além disso, não existe uma sequência exata de ocorrência destes sintomas, eles podem começar a afetar o cachorro aleatoriamente, e é por isso que somente um veterinário pode diagnosticar com precisão o Calazar no seu cão.
De uma forma geral, podemos destacar os principais sintomas do Calazar em cachorros, são eles:
- Alopecia – perda de pelos;
- Descamação da pele – sobretudo no focinho;
- Úlceras na pele – mais comum na orelha, no focinho e na cauda;
- Emagrecimento;
- Desânimo; e
- Onicogrifose – crescimento excessivo das unhas.
Quando o Calazar está mais avançado, também pode haver o surgimento de ínguas (aumento de volume dos linfonodos, ou linfoadenomegalia); esplenomegalia (que é o aumento do baço); e hepatomegalia (aumento de tamanho do fígado). Além disso, o cachorro pode apresentar problemas nos rins, fígado, alterações digestórias (vômitos, diarreia, hemorragias), atrofias nos músculos, alterações de habilidades locomotoras e articulares; e problemas nos olhos, como conjuntivite, dentre outras possibilidades.
O sistema imunológico do cachorro se enfraquece, facilitando a ocorrência de outras enfermidades causadas por vírus, bactérias e/ou parasitos por exemplo. Se não for devidamente diagnosticado e tratado por um médico veterinário – o único profissional com habilitação para fazê-lo – o cão pode morrer!
Existe cura para a Leishmaniose Canina ou Calazar?
Infelizmente não existe uma cura parasitológica para o Calazar ou leishmaniose visceral canina, os medicamentos atuais conseguem diminuir a quantidade de parasitas circulantes no organismo e com isso, minimizando os sintomas da doença e melhorando a qualidade de vida do cão, porém nenhum fármaco consegue promover a eliminação completa da Leishmania. Portanto, pode promover cura clínica, mas não parasitológica, e por isso a importância do uso de repelentes tópicos como o Vectra 3D em todos os cães, sejam eles positivos ou não para a doença.
A leishmaniose visceral canina já está presente em 25 das 27 unidades federativas do país. Além disso, atualmente o Brasil é responsável por cerca de 90% dos casos dessa doença no continente americano, e ela já mata mais que a dengue, por exemplo, no nosso país.
E são essas características que tornam o combate ao Calazar tão importante, o controle da doença e a prevenção são os melhores métodos para proteger seu cão e sua família. A doença é uma zoonose, ou seja, pode afetar humanos e animais, sendo o cão infectado o principal reservatório, servindo como fonte de infecção para o inseto vetor da doença.
O que fazer quando o cachorro está com Calazar?
Doenças sorrateiras e silenciosas como o Calazar podem afetar os nossos pets, por mais que nossa atenção e carinho estejam direcionadas no cuidado. Como já colocamos, não existe cura parasitológica para o Calazar, e o cão infectado deverá ficar sob acompanhamento por toda sua vida.
O tratamento de cães com medicamentos humanos é vetado de acordo com a legislação brasileira em cumprimento da Portaria Interministerial nº 1.426, de 11 de julho de 2008. Para tutores que por algum motivo não possam aplicar o tratamento aos seus animais de estimação, é recomendada a eutanásia, conduta prevista no decreto nº 51.838 de 14 de março de 1963. Tal medida visa evitar que o cão infectado se torne um reservatório do parasito Leishmania infantum chagasi e, dessa forma, uma fonte de infecção ao vetor transmissor, o que aumenta as chances de novos contágios de animais e humanos.
Gostei do artigo sobre Leishmaniose.