A Secretaria Municipal de Saúde de Pereira Barreto pede atenção dos moradores quanto ao crescimento da leishmaniose no município. Mesmo com o atendimento suspenso no Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) por conta da pandemia do Covid-19, somente no primeiro quadrimestre deste ano 122 cães apresentaram exames positivos para leishmaniose.
O número acende um alerta para que a população intensifique os cuidados com o quintal, retire folhas, frutos, e todo o tipo de matéria orgânica, bem como obedeça a Lei Municipal Nº 3.918, de 27 de Dezembro de 2010, que proíbe a criação de galináceos em área urbana de Pereira Barreto.
Os locais onde há criação de galináceos torna-se um ambiente propício para o mosquito-palha, transmissor da leishmaniose, que se prolifera em locais com fezes e matéria orgânica. Os galinheiros atuam como atrativos para o mosquito (pelo odor e pelas fezes) e como mantenedores dos mosquitos, que se alimentam do sangue das aves. A Secretaria Municipal de Saúde pede a colaboração de todos, para que não mantenham em seus imóveis nenhum tipo de criadouro.
A leishmaniose é uma doença grave que se manisfesta tanto em cães quanto em humanos. A leishmaniose visceral é uma zoonose, ou seja, é transmitida dos animais aos seres humanos, acometendo, em especial, o cão doméstico.
Seu agente etiológico é o protozoário Leishmania chagasi. No Brasil, é transmitida principalmente pelo mosquito palha de coloração amarelada.
Os principais sintomas em humanos são febre de longa duração, fraqueza, emagrecimento e anemia. Pode haver aumento do volume abdominal devido ao aumento do fígado e baço.
Nos cães, os principais sintomas são crescimento exagerado das unhas, emagrecimento, anemia, feridas e queda de pelo nas pontas das orelhas, queda de pelo ao redor dos olhos, feridas entre os dígitos, entre outros. Vale ressaltar que existem também animais assintomáticos, ou seja, podem não estar apresentando sintomas, mas são reservatórios da doença.