Bairros com maior incidência são Residencial São Paulo (9 casos), Residencial Terceiro Milênio (7), Residencial Monte Carlo (6), Residencial Anita Tiezzi (6) e Residencial Green Ville (3)
O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) confirmou nesta segunda-feira (27), em Presidente Prudente, 81 novos casos de Leishmaniose Visceral Canina (LVC). A doença foi diagnosticada em 2,2% dos cães submetidos a exame. Destes, 11 casos foram notificados por clínicas veterinárias do município.
No total, Presidente Prudente registra 151 casos em 2019.
Presidente Prudente Passa De 150 Cães Diagnosticados Com Leishmaniose Visceral
Segundo o CCZ , já foram realizados 6.633 exames, de janeiro a abril, mas até o momento não há registro de casos de leishmaniose em seres humanos.
Os bairros com maior incidência são Residencial São Paulo (9 casos), Residencial Terceiro Milênio (7), Residencial Monte Carlo (6), Residencial Anita Tiezzi (6) e Residencial Green Ville (3).
Os demais casos registrados estão espalhados por diversos bairros da cidade.
Segundo o médico veterinário do CCZ, João Henrique Artero de Carvalho, todos os proprietários de cães com LVC foram comunicados do diagnóstico e receberam orientações sobre a doença, sua forma de transmissão e as medidas de prevenção.
Ele afirma que a leishmaniose visceral é uma doença grave, transmitida pela picada do mosquito-palha, que pode levar à morte de pessoas e animais. No homem, a doença causa febre, emagrecimento, desconforto abdominal, aumento de baço e do fígado, e fraqueza. No ambiente urbano, o cão é o principal reservatório da doença. No entanto, não há transmissão por contato direto com o animal, como nos casos de mordidas ou lambidas.
A transmissão ocorre pela picada do mosquito-palha infectado.
No cão, a leishmaniose visceral causa emagrecimento, fraqueza, queda de pelo, crescimento exagerado das unhas, feridas no focinho, nas orelhas e ao redor dos olhos, além de problemas de pele, alerta Carvalho.
O CCZ realiza o exame de forma gratuita e a prevenção da doença consiste em limpeza de casas e terrenos, pois as larvas do mosquito-palha proliferam-se em locais com sombra, com vegetação e com acúmulo de matéria orgânica em decomposição, como nas situações de aglomeração de folhas e frutos caídos, além de fezes de animais.
O médico veterinário pontua que muitos animais sadios podem estar infectados. São os portadores assintomáticos.
“Os cães, nesta fase, mesmo sem qualquer alteração clínica, ao serem picados pelo mosquito-palha, mantêm a doença circulando em nossa cidade, assim, é altamente recomendado que cães sadios realizem o exame, no mínimo, a cada seis meses”, explica o veterinário.
O alerta consiste em não deixar o mosquito-palha viver em casa, promover a limpeza rotineira de quintal e realizar a poda regular das árvores.
Outra prevenção importante é usar no cão a coleira repelente (à base de deltametrina a 4%), pois, segundo especialistas, é capaz de afastar os insetos transmissores.
O veterinário orienta que mais informações sobre as condições de uso destas coleiras podem ser obtidas junto ao CCZ ou a um profissional médico veterinário.