Você sabe o que é Leishmaniose Visceral Canina?

A Leishmaniose Visceral Canina pode ser transmitida tanto para humanos, quanto para animais, portanto é uma zoonose. A doença infecciosa também é conhecida como Calazar, e já se espalha por todo Brasil.

O Calazar ou Leishmaniose Canina é uma doença causada por protozoários do gênero Leishmania, sendo a espécie Leishmania infantum chagasi o agente etiológico causador da doença no Brasil.

A doença é transmitida aos cães e humanos através da picada do mosquito conhecido como mosquito-palha infectado com esse parasita. Em muitos casos, a doença não se manifesta imediatamente, podendo levar 6 meses a 2 anos após a picada do flebotomíneo infectado. Por esse motivo, a Leishmaniose Visceral Canina é conhecida como uma doença silenciosa e muito perigosa.

Leishmaniose Visceral Canina possui cura?

A Leishmaniose Visceral Canina não possui cura parasitológica, uma vez que os medicamentos atuais conseguem diminuir a quantidade de parasitas circulantes no organismo e portanto, apenas minimizam sintomas da doença melhorando a qualidade de vida do cão. Nenhum fármaco consegue promover a eliminação completa da Leishmania. Portanto, pode promover cura clínica, mas não parasitológica e por isso a importância do uso de repelentes tópicos em cães positivos.

Por essas características, a prevenção é considerada por muitos especialistas como a melhor forma de combate à doença. Cada indivíduo infectado, seja ele humano ou animal, passa a ser um potencial reservatório da doença.

Como se proteger da Leishmaniose Canina?

Evitar a picada do mosquito-palha infectado com repelentes como o Vectra-3D criam uma barreira protetora, que aliada a vacina Leish-Tec, única vacina aprovada pelo MPAP e pelo Ministério da Saúde garante uma proteção individual de 92% a 96%. Vectra 3D e a Vacina Leish-Tec forma o conceito Double Defense, criado pela Ceva Saúde Animal, uma estratégia multimodal de proteção contra a Leishmaniose Canina.

A Leish-Tec é uma vacina recombinante contra a Leishmaniose Visceral Canina e sua função é estimular o sistema imune do cão para combater e eliminar o parasito (Leishmania), caso o cão seja picado pelo mosquito-palha infectado.

Sintomas do Calazar em Cachorros

Os sintomas do Calazar podem se manifestar de formas diferentes de um cão para outro, como também, não existe uma sequência comum destes sintomas. Muitos fatores podem levar a manifestação dos sintomas, como por exemplo a quantidade de parasitos (carga parasitária) e a condição do sistema imunológico do seu cão após a infecção possuem influência nisso. Até mesmo os primeiros sintomas a se manifestarem podem variar de um cachorro para outro.

Além disso, não existe uma sequência exata de ocorrência destes sintomas, eles podem começar a afetar o cachorro aleatoriamente, e é por isso que somente um veterinário pode diagnosticar com precisão o Calazar no seu cão.

De uma forma geral, podemos destacar os principais sintomas do Calazar em cachorros, são eles:

• Alopecia – perda de pelos;
• Descamação da pele – sobretudo no focinho;
• Úlceras na pele – mais comum na orelha, no focinho e na cauda;
• Emagrecimento;
• Desânimo; e
• Onicogrifose – crescimento excessivo das unhas.

O protozoário Leishmania infantum chagasi parasita as células de defesa do organismo do cão ou do homem, o que leva ao surgimento dos sintomas citados acima. Causando uma série de problemas e levando a alterações de órgãos vitais. As crianças são as principais vítimas da Leishmaniose, que é uma doença crônica que se não tratada pode levar à morte na maioria dos casos.

Em países tropicais como o Brasil, as doenças transmitidas por mosquitos aumentam cada vez mais. A Leishmaniose, apesar de matar mais do que a dengue, ainda é uma doença desconhecida e que pode atingir cães e gatos após a picada do mosquito-palha.

De acordo com o Ministério da Saúde, a Leishmaniose Visceral Canina é uma endemia e está presente em 76 países. Dos casos registrados na América Latina, 90% ocorrem no Brasil. Em média, cerca de 3.500 casos são registrados anualmente e o coeficiente de incidência é de 2,0 casos/100.000 habitantes. Nos últimos anos, a letalidade vem aumentando gradativamente, passando de 3,1% em 2000 para 7,1% em 2012.