A Leishmaniose Canina ou Calazar deve ser diagnosticada rapidamente para evitarmos a disseminação da doença. A picada do Mosquito Palha infectado transmite a doença para cães ou humanos.
A Leishmaniose Visceral Canina é uma doença grave, causada por protozoários do gênero Leishmania, sendo a espécie Leishmania infantum chagasi o agente etiológico causador de endemia no Brasil, havendo referências de casos humanos e caninos em todas as regiões brasileiras.É uma doença “silenciosa”, pois os sinais que aparecem no cão podem ser inespecíficos como: emagrecimento, alterações e feridas na pele que não cicatrizam, crescimento exagerado das unhas entre outros.
A transmissão ocorre pela picada do mosquito palha contaminado. A picada do mosquito contaminado transmite o protozoário Leishmania aos cães e humanos, e também a outras espécies animais.
Em seguida, a Leishmania se multiplica no organismo do cão atingindo principalmente as células de defesa chamadas macrófagos. O período entre o momento de infecção até o aparecimento de sintomas pode demorar em média de 6 meses a 2 anos. Porém, alguns animais podem não manifestar nenhum sintoma ao longo da vida. Por isso, é uma doença silenciosa.
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Como Prevenir a Leishmaniose Canina
É muito importante adotar medidas de prevenção contra a Leishmaniose Visceral Canina, pois não existe a cura parasitológica (eliminação do agente causador) da doença, ou seja, no tratamento é possível melhorar as manifestações da doença, porém, não elimina o parasita do organismo do animal. Por isso, o cão será sempre um portador do protozoário e irá necessitar de acompanhamento do médico veterinário o resto de sua vida.
O cão é considerado o principal reservatório do parasita Leishmania, por isso, um cuidado especial deve ser dedicado aos nossos cães.
As medidas de proteção preconizadas, consistem em diminuir o contato dos cães com o mosquito palha pela utilização de repelentes, e o uso de vacina para proteção do organismo. Por mais simples que isso pareça, realmente não é uma tarefa tão fácil.
Prevenindo a Leishmaniose Canina
Logo, as orientações são: o uso de repelente tópico, como por exemplo, o Vectra 3D e a vacina Leish-Tec, única vacina aprovada pelo MAPA e pelo Ministério da Saúde do Brasil para prevenção da Leishmaniose Visceral Canina, a qual apresenta tecnologia recombinante. Assim, fazemos uma dupla proteção – externa (repelente) e interna (vacina).
Prevenindo a Leishmaniose nos Humanos
Para os humanos, repelentes também são altamente recomendados e em algumas localidades com grande incidência da doença, métodos tradicionais também são eficazes, como: mosquiteiros e telas finas, evitar os horários (final da tarde até o amanhecer) e ambientes onde os vetores possam ter maior atividade e presentes em maior quantidade (locais com matéria orgânica), e dentro do possível, colocar telas de proteção nas janelas.
Combatendo o Mosquito Palha
O mosquito palha se reproduz em matéria orgânica, por isso, é muito importante manter o quintal limpo e sem folhas secas no chão, remover frutos caídos e todo tipo de matéria orgânica, além disso, limpar as fezes de animais.
A fêmea do Mosquito Palha procura locais com pouca luz do sol e bem úmidos para colocar seu ovos. Veja se seu quintal possui lugares assim e promova uma boa limpeza.
Sintomas e diagnóstico da Leishmaniose Visceral Canina
Mesmo para o tutor mais atento, identificar os sintomas da Leishmaniose Visceral Canina não é tarefa fácil e por isso, o acompanhamento de um médico veterinário é muito importante.
Porém, alguns cães podem permanecer assintomáticos por toda a vida, ou começar a desenvolver os sintomas, após um período, que varia em média de seis meses a 2 anos.
Busque Ajuda de um Veterinário
O cão deve sempre ter um acompanhamento veterinário ao longo de sua vida. Tanto na prevenção com a aplicação da vacinação com o Leish-Tec, quanto no diagnóstico e tratamento da Leishmaniose Visceral Canina, o papel do Médico Veterinário é fundamental. Ele é o único profissional que poderá fazer a aplicação da vacina para prevenção, assim como realizar os exames necessários para diagnóstico e tratamento, se necessário.
Leishmaniose Canina: Silenciosa e Traiçoeira
As manifestações clínicas, muitas vezes são comuns também a outras doenças, por isso o médico veterinário é fundamental na orientação de prevenção e realização dos exames necessários. Para o diagnóstico da Leishmaniose Visceral Canina utilizam-se métodos parasitológicos, sorológicos e/ou moleculares. O médico veterinário irá avaliar qual será o melhor método de acordo com as condições do cão.
Primeiros Sintomas da Leishmaniose Canina
Os sintomas da Leishmaniose Visceral Canina podem ser:
- Alopecia – regiões sem pelo;
- Descamação da pele – principalmente no focinho;
- Úlceras na pele – especialmente no focinho, orelha e cauda;
- Perda de peso;
- Apatia e;
- Crescimento exacerbado das unhas (onicogrifose).
Em fases mais avançadas do Calazar, nome como a Leishmaniose Visceral Canina também é conhecida, pode ocorrer:
- Formação de ínguas (aumento de volume de linfonodos), aumento de tamanho do fígado (hepatomegalia) e baço (esplenomegalia);
- Problemas no rim fígado;
- Vômito, hemorragias intestinais;
- Alterações articulares, musculares (atrofia) ou locomotoras;
- Conjuntivites e outros problemas oculares.
- Alterações neurológicas.
- E por fim, vir a óbito.
Tratamento para Leishmaniose Canina
O tratamento para a Leishmaniose Canina ainda não cura a doença, mas pode amenizar muito os sintomas e proporcionar maior qualidade de vida ao seu cão.
Se antes a eutanásia era a única alternativa indicada, hoje o tratamento consegue aumentar a expectativa de vida do cão.
Como Tratar a Leishmaniose Canina
Os animais com Leishmaniose Visceral Canina são divididos em estágios clínicos de acordo com as manifestações clínico-laboratoriais e método(s) diagnostico(s) empregado(s) para o diagnóstico da doença.
O tratamento é indicado na sua forma combinada (multimodal), ou seja, associando-se um fármaco leishmanicida (age eliminando parasitos) associado a leishmaniostático (visa impedir a replicação do protozoário), imunoestimulante (melhora a resposta imune contra o parasito), e/ou imunomodulador, (auxiliar na melhora clínica, diminuindo a resposta inflamatória e formação de imunocomplexos que causam as alterações clínicas).
Além disso, é imprescindível que o animal receba tratamento suporte, de acordo com a necessidade, tendo em vista sua situação clínica, bem como seja desverminado, utilize proteção contra pulgas, carrapatos e mosquitos continuamente, imunizado contra outras doenças infecciosas, e acompanhado clínico-laboratorialmente de forma frequente durante toda a vida pelo médico veterinário. O prognóstico e variável de acordo com o estágio que o animal se encontra.
Não existe cura do agente (parasitólogica) da Leishmaniose Visceral Canina, ou seja, o tratamento poderá melhorar os sintomas clínicos e condição do animal, porém, não elimina completamente o parasita do organismo do cão.
Boa tarde sou de campo grande ms. Venho aqui dizer que meu cachorro meu filho de 4 patas está com essa doença leishmaniose. Nesse caso tem cura pra isso?????